Em um primeiro artigo, abordamos o tema da Operação Penalidade Máxima, apontando as possíveis consequências aos envolvidos. Link do primeiro post:
Como sempre abordamos, o direito desportivo está conectado aos mais variados segmentos e áreas jurídicas.
Agora, vamos ao caso: O meio-campista de 23 anos é um dos nomes envolvidos no escândalo que agitou o futebol italiano. Além de Tonali, outros dois jogadores também foram investigados e, consequentemente, enfrentarão punições aplicadas pela entidade: os também meias Zaniolo, do West Ham, e Fagioli, da Juventus. O atleta da Velha Senhora está suspenso por sete meses, enquanto o companheiro de Lucas Paquetá nos West ainda saberá o veredito nos próximos dias.
Na semana passada, o empresário de Tonali, Giuseppe Riso, afirmou que o atleta está “lutando contra o vício em apostas” e que se mostrou “chocado, abalado e triste” com as consequências da situação. É importante frisar que o vício em jogos é um problema médico/social e que pode atingir a todos. Com o avanço da internet/tecnologia e consequente facilidade ao acesso às apostas também devemos encarar os possíveis males.
A punição, conforme o desenrolar das investigações, acabou sendo branda. Sandro apostou em jogos do Milan enquanto clube e passou o aplicativo proibido para que Fagioli também pudesse apostar. Porém, por não ter entrado em campo nos jogos que apostou, não foi indiciado por manipulação de resultados, o que provavelmente aumentaria a pena.
Originalmente, foi cogitado que o volante do Newcastle poderia ser suspenso por até três anos. Todavia, como ele cooperou com as autoridades durante a investigação, o gancho foi diminuído para 10 meses.
O jogador confessou aos promotores da FIGC que apostou em jogos de futebol, inclusive das equipes que defendia (Milan e Brescia, mas sempre em vitórias). O atleta da seleção italiana, que foi contratado pelos Magpies (New Castle) do Milan por 70 milhões de euros (R$ 368,43 milhões, na cotação atual), também terá que passar por um “programa de recuperação” de oito meses, fazendo tratamento contra ludopatia (vício em apostas e jogos de azar) e dando palestras a jovens jogadores sobre o tema.
O atual clube manifestou seu apoio ao atleta. Por outro lado, dado o grande investimento promovido para sua contratação, fica claro o tamanho do problema dentro das quatro linhas.
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